NEMUS participa no terceiro ciclo de planeamento dos planos de bacias hidrográficas na Bulgária
A NEMUS acaba de ganhar mais um concurso internacional promovido pelo Banco Mundial e vai, pela primeira vez, trabalhar na Bulgária.
O objetivo do projeto é atualizar a informação sobre as águas subterrâneas do país – exercício que será feito pela terceira vez, como está previsto na Diretiva Quadro da Água (DQA – Diretiva 2000/60/CE), que impõe esta obrigação legal a todos os Estados membro da UE.
Na Bulgária, o primeiro ciclo de caracterização e planeamento da gestão da água (superficial e subterrânea) exigido pela DQA decorreu entre 2009 e 2015, a que se seguiu o segundo ciclo (2016-2021). A Nemus irá agora participar no terceiro (2022-2027), concretamente estudando as águas subterrâneas do país e focando-se especificamente naquelas que, nos ciclos anteriores foram classificadas em “mau estado” (químico e/ou quantitativo) ou que foram sinalizadas como estando em risco de não atingirem a classificação “bom estado”. O objetivo será realizar uma nova avaliação do estado químico e quantitativo destas águas.
De um ponto de vista de gestão de bacias hidrográficas, o território da Bulgária está dividido em quatro regiões: Bacia do Mar Negro, Bacia do Danúbio, Bacia do Mar Egeu Este e Bacia do Mar Egeu Oeste. A Bulgária faz fronteira com vários países, fazendo com que as três últimas bacias sejam internacionais, partilhadas com a Grécia e Turquia, a Sul, a Roménia, a Norte, e a Sérvia e Macedónia do Norte, a Oeste. A Este o país é limitado pelo Mar Negro.
A Bulgária tem atualmente delimitadas 169 massas de água subterrânea, das quais 93 estão classificadas como estando em mau estado (63) ou em risco de não atingir o bom estado (30).
Para além de seguir as diretrizes da DQA e da Diretiva relativa à proteção das águas subterrâneas contra a poluição e deterioração (Diretiva 2006/118/CE), serão aplicadas metodologias desenvolvidas pelas autoridades Búlgaras destinadas a aferir a delimitação das massas de água subterrânea, determinar valores de background e limiares, reavaliar as pressões e reclassificar o estado.
Neste momento o projeto está na fase inicial, sendo que brevemente as entidades envolvidas vão reunir para a apresentação de um relatório inicial, que tem como objetivo discutir e validar as metodologias a desenvolver e os resultados esperados para cada uma das quatro regiões hidrográficas.