Viver bem, dentro dos limites do planeta
É inegável que a utilização dos recursos naturais do Planeta é hoje muito mais eficiente, no entanto os dados mostram que estamos ainda longe de atingir as metas do 7º Programa de Ação Ambiental definido pela Agência Ambiental Europeia (AAE), cujo objetivo é conseguir que em 2050 a população esteja a “viver bem, dentro dos limites do planeta” através da aplicação de políticas de resposta aos crescentes desafios ambientais.
Para combater problemas complexos como a perda de biodiversidade e as alterações climáticas, a AAE salienta a necessidade de implementação de novas políticas e abordagens ambientais mais ambiciosas, que dêem resposta às necessidades atuais e futuras de alimentação, energia e transportes. O relatório indica também que cerca de metade das reservas de água doce da Europa não devem atingir a classificação de “ecologicamente boas”, como estava previsto para 2015, e que no mar, a perda de biodiversidade é particularmente preocupante devido a ações que vêm provocando danos no fundo do mar, poluição do substrato marinho e da coluna de água, entrada de espécies exóticas invasoras e acidificação da água.
Foi com este assunto em mente que a Nemus participou, no passado dia 10 de Março, na sessão de “Planeamento dos recursos hídricos no âmbito da DQA – desafios para 2016-2021” que decorreu no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Nesta conferência, organizada pela Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH), discutiu-se o novo ciclo de planeamento dos recursos hídricos, que se está a iniciar, nos termos da Diretiva Quadro da Água e da Lei da Água. O objetivo desta discussão foi divulgar o conhecimento adquirido e os sucessos e insucessos registados no ciclo precedente, bem como ponderar sobre os desafios que devem ser equacionados para que este novo ciclo seja capaz de promover de forma eficaz e eficiente os novos processos de tomada de decisão em torno da água. A Nemus não poderia deixar de estar presente…